quinta-feira, 31 de maio de 2012

Petróleo em São Mateus do Sul?


Mais da História de São Mateus do Sul

Alguns imigrantes de visão resolveram em julho de 1883, montar uma companhia para explorar petróleo na região, isto acontecendo apenas 24 anos depois de ser perfurado o primeiro poço na Pensylvania. estes pioneiros eram: Rodolfo Wolff, Gustavo Tenius, Gustavo Emilio Olander e Otto Roebel. O Presidente Taunay, quando passou por São Mateus, em 1886, previa o fracasso próximo daquela companhia.
Em 1890 é criada a colônia Maria Augusta, em torno do pequeno povoado de São Mateus que então era habitada por brasileiros e colonos alemães. Ainda no século passado, em 1899, era o maior centro exportador de erva mate de rodo o vale do Iguaçu, saindo do seu porto, com destino a Porto Amazonas mais de 200 mil arrobas, daquela que marcou um dos ciclos econômicos do Paraná, a erva mate.
Esta importância econômica fez com que as companhias de navegação do Iguaçu centralizassem suas matrizes naquele tempo. O progresso foi notável fazendo com que se instalassem o município em abril de 1908 e quatro anos depois, em 1912, transformou-se em sede de comarca, sendo então São Mateus elevado a categoria de cidade.
Em 1920 a populaçào do município era de quase quinze mil habitantes, sendo que três mil deles eram estrangeiros. Além de uma excelente produção pecuária, o principal produto era o mate com uma estimativa de 400 mil arrobas anuais.
São Mateus do Sul passou a ser sede, em 1915, do Lloyd Paranaense que veio trazer um grupo numeroso de habitantes nos quais se incluiam: navegantes, armadores e pessoal de terra que ocupavam 50 casas das 300 existentes na cidade que então contava com 1.500 habitantes, dos quais pelo mínimo 250 trabalhavam no transporte fluvial.
A tentativa de explorar o petróleo existente no xisto verificou-se por mais vezes e sempre foi uma esperança do próprio povo de São Mateus como a independência econômica da região.
Com o colapso da erva mate a baixa produtividade agrícola teria levado a economia local ao caos, não fora a exploração intensiva das suas matas, onde abundavam os pinheiros e as imbuias. Assim entrava a região no derradeiro ciclo econômico e extrativista do Paraná, o ciclo da madeira.
Ao término da erva mate e da madeira acabou a navegação dos famosos vaporzinhos do Rio Iguaçu e com eles o romantismo bucólico de uma época vivida no vale onde São Mateus do Sul era o epicentro dos acontecimentos.
* Extraído do artigo publicado pelo jornal Gazeta do Povo do dia 10 de agosto de 1997 "Nostalgia".
https://www.saomateusdosul.pr.gov.br/


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Consumismo - população sem noção!


População e consumismo ameaçam o planeta, alerta estudo do WWF

A crescente população mundial e o consumismo ameaçam a saúde do planeta, alerta a organização ambientalista Fundo Mundial para a Natureza (WWF), que divulgou relatório sobre a saúde da Terra nesta terça-feira (15).
A demanda por recursos naturais se tornou insustentável e exerce uma pressão “tremenda” sobre a biodiversidade do planeta, destaca a organização. A pesquisa citou o Qatar como o país com a maior pegada ecológica, seguido dos vizinhos Kuwait e dos Emirados Árabes Unidos.
A pegada ecológica é um instrumento de medição do uso de recursos naturais. Quanto menor é a pegada ecológica de uma nação, melhor é o uso que ela faz de seus recursos naturais.
Dinamarca e Estados Unidos completam o ranking dos cinco primeiros, segundo cálculo com base na comparação de fontes renováveis consumidas contra a capacidade de regeneração do planeta. Foram levados em consideração nesta pontuação a área construída (urbanizada), a pesca, o uso das florestas, pecuária, emissões e área de cultivo.
O Brasil, segundo o ranking do WWF, está na 56º posição, com uma pegada ecológica de 2,9 hectares globais por habitante, bem próxima à média mundial, que é 2,7 hectares globais por habitante.
Impacto – De acordo com o estudo, “se todos vivessem como um morador típico dos EUA, seriam necessários quatro planetas Terra para regenerar a demanda anual da humanidade imposta à natureza”. O WWF afirma ainda que “se a humanidade vivesse como um habitante comum da Indonésia (com uma pegada aproximada de 1 hectare global por habitante), apenas 2/3 da biocapacidade do planeta seriam consumidos.
O relatório “Planeta Vivo” revelou que países de alta renda têm uma pegada ecológica em média cinco vezes maior do que a de países de baixa renda. Segundo a pesquisa, a pegada ecológica dobrou de tamanho em todo o planeta desde 1966.
“Estamos vivendo como se tivéssemos um planeta extra à nossa disposição”, disse Jim Leape, diretor-geral do WWF Internacional. “Estamos usando 50% mais recursos do que a Terra pode produzir de forma sustentável e a menos que mudemos o curso, este número crescerá rápido. Em 2030, mesmo dois planetas não serão suficientes”, acrescentou.
Biodiversidade em queda – A pesquisa, compilada a cada dois anos, reportou uma redução média de 30% na biodiversidade desde 1970, chegando a 60% nas regiões tropicais, duramente afetadas. O declínio foi mais rápido em países de baixa renda, “demonstrando como os países mais pobres e vulneráveis subsidiam o estilo de vida dos países mais ricos”, destacou o WWF.
Em todo o mundo, cerca de 13 milhões de hectares de florestas foram perdidos por ano entre 2000 e 2010. “Uma demanda sempre ascendente por recursos de parte de uma população crescente põe uma enorme pressão sobre a biodiversidade do nosso planeta e ameaça nossa segurança, saúde e bem estar futuros”, informou o organismo.
O relatório é publicado às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, a quarto maior cúpula sobre o tema realizada desde 1972, e que será celebrada em junho no Rio de Janeiro.
Segundo a ONU, cerca de cem líderes mundiais estarão presentes no Brasil, com o objetivo de determinar o caminho rumo a uma economia que possa equilibrar crescimento econômico, erradicação da pobreza e proteção ao meio ambiente.
Cobrança – O WWF quer ver sistemas de produção mais eficientes que possam reduzir a demanda humana por terra, água e energia e uma mudança na política governamental que medisse o sucesso de um país para além do Produto Interno Bruto (PIB).
Mas o enfoque imediato precisa estar na redução drástica da pegada ecológica dos países de alta renda, particularmente sua pegada de carbono, destacou o WWF. “A Rio+20 pode e deve ser o momento de os governos estabelecerem um novo curso rumo à sustentabilidade”, disse Leape.
“Este relatório é como um check-up planetário e os resultados indicam que temos um planeta muito doente”, alertou Jonathan Baillie, diretor do programa de conservação da Sociedade Zoológica de Londres, que co-produziu o relatório, em conjunto com a organização Global Footprint Network, que elabora a pegada ecológica. (Fonte: Globo Natureza)